Desde que nascemos, somos seres dependentes de alimentos, nosso primeiro contato é com o leite materno, mais para ele ser produzido nas glândulas mamarias da mãe, é necessário que a mesma se alimente de produtos ricos em vitaminas, minerais, fibras, entre outros compostos, suficientes para nutrir o bebê.
Produzir alimento é uma essência, que envolve ciência, tecnologia, inovação, trabalho e dedicação. Grande parte das nossas fontes de alimentos são produzidas à campo aberto estando totalmente suscetível a intempéries climática como chuva, vendo, déficit hídrico entre outros, o que pode provocar estragos irreversíveis na produção agrícola e causar impactos consideráveis na renda dos produtores.
Para o plano nacional de fertilizantes (PNF) o aumento de produtividade está lincado a complementação das tecnologias já existentes como calagem, fixação biológica de nitrogênio, fertilizantes tradicionais, entre outros, associadas e somadas a bioinsumos, biofertilizantes, inoculantes e condicionadores de solo, que podem ser oriundas de fontes orgânicas e/ou organominerais; e conta ainda com nanotecnologia, solubilizadores de fósforo, entre outros ferramentas. Mais para essa evolução é necessário tempo, recurso e muito investimento em pesquisa.
O Rabobank estima um crescimento na entrega de fertilizantes para o ano de 2023 de aproximadamente 44 milhões de toneladas frente aos 42,75 milhões entregues em 2022. Esse aumento é em decorrência a queda do valor ofertado do produto, que voltou a estimular o investimento nas lavouras por parte dos produtores.
O preço dos insumos para a safra 2022 foi influenciado pela redução da disponibilidade de algumas fontes de fertilizantes em decorrência da guerra na Ucrânia, gerando aumento sucessivos dos mesmos.
Diante te toda a instabilidade passada, o produtor brasileiro necessitou de novas alternativas de cultivo, abrindo portas para pesquisa e utilização de fontes de fertilizantes não convencionais agregados a tecnologia.
No decorrer no ano de 2022, vimos várias fontes de fertilizantes existentes e pouco utilizados reaparecerem, além de nutrientes pouco difundidos ganharem destaque. Exemplo disso é o silício, segundo elemento de maior abundância na crosta terrestre, considerado benéfico para as plantas.
O silício pode atuar no controle direto e indireto de vários estresses abióticos e bióticos, regulação hormonal, metabolismos de enzimas, resistência a pragas e doenças, entre outras funções metabólicas. Sua forma encontrada naturalmente no solo tem liberação lenta e pouco reativa, por isso a pesquisa foi fundamental para obtenção de fontes de liberação mais rápida, e que possam ser agregadas aos fertilizantes convencionais já utilizados.
Autora: Scheila Ronconi Da Rolt – Coordenadora Técnica de Hortifruti – P&D
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
NOTICÍAS AGRÍCOLAS. Consumo de fertilizante no Brasil crescerá em 2023 com queda de preços, prevê Rabobank. [S. l.], 9 nov. 2022. Disponível em: https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/agronegocio/332750-consumo-de-fertilizante-no-brasil-crescera-em-2023-com-queda-de-precos-preve-rabobank.html#.Y5cKQHbMLIW. Acesso em: 29 nov. 2022.
FIGUEIRAS, Oto. Silicio na agricultura, Pesquisa Fapesp, ed. 140, 10 out. 2017. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/silicio-na-agricultura/. Acesso em: 29 nov. 2022.
CANAL RURAL. Chance de escassez de fertilizantes é cada vez menor, diz Rabobank, 2 jul. 2022. Disponível em: https://www.canalrural.com.br/noticias/agricultura/chance-de-escassez-de-fertilizantes-e-cada-vez-menor-diz-rabobank/. Acesso em: 29 nov. 2022.
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ANUÁRIO BRASILEIRO DE TECNOLOGIA EM NUTRIÇÃO VEGETAL, Abissolo, 2022, São Paulo. A Importância Estratégica das Cadeias Emergentes no Plano Nacional de Fertilizantes, 2022. Disponível em: https://www.abisolo.com.br/wp-content/uploads/2022/09/abisolo-anuario-2022.pdf. Acesso em: 29 nov. 2022.
