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Melancia: Como distinguir suas deficiências nutricionais e corrigi-las.

Fim de abril/início de maio, período caracterizado pelo fim das chuvas, marcando a época de estiagem, momento em que o Hortifrúti adquire visibilidade. Nesta época, entramos no período de cultivo de uma cucurbitácea muito apreciada em terras brasileiras: a Melancia.

A melancia (Citrulus lanatus), uma Cucurbitácea, é cultivada e difundida ao redor do mundo. O fruto possuí forte aceitação, apreciação, característico sabor, suculência, como também é refrescante. Agronomicamente falando, o cultivo apresenta um ciclo biológico entre 70 a 150 dias, com a iniciação da colheita em cerca de 60 dias após o início da cultura. De origem africana, é uma espécie de caule rasteiro com sistema radicular bastante desenvolvido em solos arenosos.

O Brasil está entre os maiores produtores, porém a capacidade de exportação não é tão grande, sendo a Espanha o maior exportador da fruta, isso porque a demanda interna é altíssima. Em território nacional, sua produção corresponde a 105.064 hectares, produzindo cerca de 2,3 milhões de toneladas. Nordeste e o Sul, do país, juntos, contribuem com mais de 50% da produção nacional. No Tocantins a melancia possui alta relevância na economia local, contribuindo com aproximadamente 3 mil empregos em seu período de safra.

 

Goiás tem posição de privilégio, ocupando a primeira posição no ranking nacional de produtividade da fruta, obtendo mais de 40 toneladas de melancia produzidas por hectares. Além desse número positivo, Goiás é o quarto maior produtor do País, com a cidade de Uruana em segundo lugar na lista dos maiores produtores brasileiros, ficando atrás apenas de Baraúna, no Rio Grande do Norte (IBGE). A cidade é conhecida nacionalmente como a ‘’capital da melancia’’.

Ok, sabemos da relevância enorme da Melancia, mas como obter bons resultados?

Sanidade, tratos culturais, disponibilidade hídrica, são fatores relevantes para a produção de melancia, mas aqui iremos focar na adubação! A adubação é responsável por uma grande fatia da qualidade final do fruto, com os macros e micronutrientes agindo de forma efetiva para garantir o sabor, o °Brix que é a doçura, e também a textura/suculência da melancia. Evitar e saber identificar as deficiências Nutricionais é um fator crucial para o melhor resultado no momento da colheita.

Diferenciando Deficiência Nutricional de Doenças

Falando de deficiências nutricionais, sua confusão com algum patógeno causador de doenças é comum, mas há um ponto que facilita a distinção entre eles: em folhas, as deficiências nutricionais tendem a serem simétricas, ou seja, os sintomas ocorrem de forma praticamente espelhada, nos dois lados da folha.

Planta com deficiência, caracterizado pela homogeneidade e simetria nos sintomas.

A planta nos mostra sinais de que sua nutrição não vai bem. No caso da melancia, a diagnose é facilitada com uma boa observação, mesmo sendo uma das cucurbitáceas mais exigentes nutricionalmente

Principais deficiências nutricionais

Primeiro, se tratando de NPK, Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Potássio (K), há um acúmulo realizado nos frutos. Como os nutrientes são direcionados para os frutos, caso haja deficiência, a planta irá translocar das folhas, para os frutos, com as folhas (principalmente as velhas) apresentando sintomas mais evidentes. enquanto Cálcio (Ca) e Magnésio (Mg) apresenta-se na parte vegetativa.

A deficiência de N causa cessação do crescimento, inibição de hastes laterais, clorose generalizada e necrose em folhas velhas.  Com a falta de P, a deficiência é apresentada inicialmente em folhas velhas, com áreas cloróticas e enrugadas, que posteriormente progridem para necrose.  Caso a deficiência de K ocorra, os sintomas de deficiência também são em folhas velhas, que começa com clorose nas margens da folha, progredindo para todo o limbo foliar com evolução para necrose.

Com a deficiência de Ca, as folhas novas ficam deformadas, com clorose, necrose nas margens, com elas sendo encurvadas para baixo. O limbo foliar fica espesso, enrugado e com necrose nos meristemas. Pode causar também, o distúrbio fisiológico chamada podridão apical ou fundo preto.

A falta de Mg, inicialmente, resulta em sintomas de deficiência em folhas velhas, com clorose internerval, pontuações esbranquiçadas e necróticas com contorno irregulares, morte de tecidos, reticulado grosso e margens das folhas encurvadas para cima.

Além da deficiência de Macronutrientes, as deficiências de micronutrientes são relevantes. Nutrientes como Boro, Zinco, Cobre… também interferem na qualidade do fruto.

Quando realizada a adubação convencional, 1/3 do Nitrogênio e Potássio deve ser fornecido no plantio, porém todo o fósforo deve ser aplicado. O N e K restantes devem ser aplicados em cobertura, com parcelamento em 2 vezes, aos 25 e 45 dias de cultivo.

Na fertirrigação os fertilizantes devem ser aplicados todos em cobertura, dissolvidos na água de irrigação.

Conhece a Fertirrigação?

É uma forma de adubação em um sistema único, que realiza a aplicação de fertilizantes utilizando a estrutura que realiza a irrigação do plantio, acelerando e facilitando a chegada dos nutrientes a raiz da planta, diferente do modo convencional que necessita do depósito do composto no solo. As formas de realização podem variar, podendo ocorrer por microaspersão ou gotejamento, que é a maneira mais recomendada pois alcança maior profundidade e umidade do solo, principalmente na melancia.

Uma vantagem importante é a distribuição homogênea de nutrientes, e a diminuição do uso de máquinas e implementos agrícolas, evitando compactação do solo e reduzindo os custos.

Adubação Foliar

Outra maneira eficiente para realizar a adubação é por via foliar, é uma prática que fornece os nutrientes pela parte aérea da planta. O adubo é absorvido, principalmente pelas folhas que contém os estômatos, que são os responsáveis pela absorção de água e nutriente, complementando a nutrição da planta de forma mais rápida. Esse formato de adubação necessita de maiores cuidados na molaridade da superfície, temperatura e umidade do ar, luz, pH da solução a ser aplicada, superfície, idade da folha e o estado iônico interno da planta.

A adubação foliar traz vantagens como a utilização de menores doses, em comparação às doses aplicadas via solo, uma fácil distribuição, rápida absorção e ágil correção de deficiências nutricionais no ciclo da cultura. É válido ressaltar que deve ser feito de maneira correta e precisa, evitando fitotoxidez da planta e queima da superfície das folhas, aplicar em horários corretos, com menor incidência de luz solar e temperatura mais baixa, são mais importantes.

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Autora: Eng. Agrônoma Jéssica de Lima Pereira – Promotora de Vendas /DAIA.

Referências Bibliográficas:

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e estatística.

Embrapa. Coleção Plantar. A Cultura da Melancia.

COSTA, L. C. Sintomas de Deficiência de Macronutrientes em Melancia. UNESP. 2015.

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